Magda - a contente - vive num rodopio,
acorda sem sono e toda ela é sorriso,
linda e serena leva a vida a dançar,
até o relógio 12 badaladas marcar.
Estranho fenómeno, então acontece,
e da felicidade Magda esquece,
diz-se Lena - a Só - e numa nuvem escura
é noite cerrada e só amargura.
O rosto fechado é já alma ausente,
Lena vagueia, não ama e não sente,
e enquanto a noite demora a passar
Magda não tem como escapar.
Encarcerada pelo outro lado do ego,
que segue na vida perdido e mais cego,
percebe porque anda sempre contente
(quando à noite se extingue, não vive e não sente)
Mas nesta madrugada, mais fria e escura,
o vazio de Lena parece que dura...
E já o dia começa a nascer,
Magda insiste em não aparecer.
Em silêncio, Lena acorda ensonada,
desconhece o dia - está assustada.
E sem saber como salvar o que matou,
esvai-se de tudo (o pulso cortou).
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Homicida-Suicida
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1 comentário:
como os contrastes deliciam...
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