Arménio nunca se queixa
podem bater-lhe com toda a força
que ele sempre deixa.
De tão espancado que é
fez do corpo hematoma,
e vestido de nódoas negras
na vida segue e soma.
Escurinho dos pés à cabeça
apenas os olhinhos brancos despontam,
e surpreendem a própria sombra
de todos que por ali se encontram.
Hoje calhou olhar-se ao espelho
para sua grande fatalidade,
enquanto imóvel e de olhos fixos
no reflexo confronta a verdade.
Gritos reflectiam-se de forma estridente
e o próprio espelho baloiçava,
toda a imagem contorcia-se
enquanto o espelho estilhaçava.
Mil pedaços de espelho explodiram
lâminas pontiagudas e cortantes,
libertavam-se da dor reflectida
e libertavam-no de dores fulminantes.
Uma mão cheia de lâminas
que pairavam em suspenso no ar,
apontaram a jugular de Arménio
com ele a vê-las chegar.
De olhos esbugalhados
finalmente de dor gritou,
assim que as lâminas rasgaram
a dor que nunca deixou.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Verdade Negra
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3 comentários:
Ahá, mas ele também matou o espelho.
humm... creepy
Deu-me assim uma vontade de andar por aí a partir uns espelhos.... ao pontapé :D
já mandei, está aqui:
http://img124.imageshack.us/my.php?image=armenioke4.jpg
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